terça-feira, setembro 25, 2007

Feijão e arroz


O desenvolvimento das categorias e conceitos acerca de toda a realidade objetiva, ou seja, do conhecimento da coisa em si, está cada vez mais em defasagem hoje em dia, temos ficado, cada vez mais, no campo da percepção e da representação. Isso ocorre porque não temos a necessidade de projetar, construir e produzir as ferramentas e os meios que usufruímos na qualificação da nossa vida cotidiana. As ‘coisas’ são produzidas por poucos e nós nos acostumamos a receber e comprar tudo pronto a ponto de usarmos grande número de materiais descartáveis, assim ocorre no ramo da tecnologia onde usufruirmos os bens sem entender suas origens e formações. A educação é a mais afetada por essa divisão humana que está se dando cada vez mais, entre quem produz a tecnologia e quem utiliza essa tecnologia.

Quem produz, os ‘cientistas’, não são mágicos que descobrem e inventam coisas, eles foram formados em espaços com condições para se desenvolver tal conhecimento. Essas pessoas e esses espaços são extremamente restritos, nossa sociedade privilegia os laboratórios particulares porque a iniciativa privada coordena e investe astuciosamente nessa área. Se a educação pública fosse um espaço de criação tecnológica, de conhecimento científico e os profissionais do meio, fossem formados para um trabalho criador, em estruturas preparadas, as maiorias (que usam a tecnologia), teriam a possibilidade de criar tecnologia. Em uma inversão de prioridades (opção política pelos trabalhadores e miseráveis) da sociedade em geral, todo o investimento direcionado pelo estado de forma abusiva ao campo da tecnologia, deveria ser redimensionado e injetado na educação como um todo. Grande parte da humanidade utiliza (quando acessa) a tecnologia criada por uma pequena minoria, isso se da porque a distribuição da riqueza, dos bens naturais e sociais é totalmente desequilibrada na nossa atual ‘democracia’.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Tropa de elite


http://www.youtube.com/watch?v=_V_nZNWPYQk

Esse link é do trailer do filme "Tropa de elite". Dirigido por José Padilha, filme tem tudo pra ser bom.

segunda-feira, setembro 17, 2007

domingo, setembro 16, 2007

Rica base

Não aguento mais, abrir os jornais e os sites na internet e ver citado o nome de Renan Calheiros. Porque? Tenho raiva dele e acho ele corrupto? Vejo ali a vergonha do congresso? Se ele fosse cassado tudo mudaria?
Nada disso, esse é o sentimento que foi e está sendo plantado. Há muitos 'renans' no senado, e no poder público em geral. O que estamos presenciando é a mesquinharia da democracia burguesa e da 'governabilidade' representativa. Chegou-se ao ponto de ter que tornar tráfico de influência e uso de laranja coisas normais para sustentar a base aliada. Base essa que representa toda uma cultura de fazer política nas escondidas muito parecida com outras 'bases' que governaram e hoje formam a oposição mais feliz da história.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Dias assim

Se em dias assim eu me encontrar
Vou me perder sempre que puder
Que aconteçam essas coisas tais
Que me façam sentir mais do que sou capaz


Estar bem depende de alguns erros pra corrigir
Pois assim me vejo melhor
Não como sou, mas como estou sendo.
Não quero ser sempre o mesmo


Sugiro a você um estilo ou um amigo
Com quem possa contar, se a resposta ainda não veio
Quando tudo estiver escuro
E o dia acabar pelo meio


Meus defeitos aumentaram
Minhas virtudes se encontraram
Eu me entendo com adultos
Mas crianças me ensinaram que..
Dias assim são muito poucos, pra quem os conhece


Já quem não notou
Que eles existem
Pode aproveitar todo tempo do mundo
Sem se preocupar
Em sentir saudades...

terça-feira, setembro 04, 2007

http://zurdo-zurdo.blogspot.com/


Esse blog é do meu amigo Runildo Pinto. Está muito interessante.

- Ser uma alternativa à mídia oficial e contribuir para que as pessoas possam ter senso crítico. A mídia tradicional tem o poder de aliciar corações e destruir mentes. -*- O radical não se sente dono do tempo, nem dono dos homens, nem libertador dos oprimidos. Com eles se compromete, dentro do tempo, para com eles lutar. (PAULO FREIRE)
Essa é a proposta do blog, que como o meu é comprometido com uma informação que tem lado.

segunda-feira, setembro 03, 2007



Esse resumo abaixo, é de um artigo que foi escrito pela Larissa Grisa juntamente com colegas e professores, sobre o filme Hotel Rwanda. Ta aí outra dica, quem quiser o artigo todo é só entrar em contato.

Este artigo trata de um dos mais sangrentos conflitos periféricos, ocorrido no final
do século XX: o Genocídio de Ruanda. Ao analisar a obra cinematográfica: “Hotel Rwanda”,
refletimos sobre questões mais amplas que estão relacionadas com o preconceito em relação
aos negros e ao continente africano. Tendo em vista o descaso em relação à História da África
e a forma estereotipada na qual o cinema e os meios de comunicação divulgaram e divulgam
as imagens em relação ao continente, apresentamos o genocídio de 1994 não apenas como um
“conflito tribal”, mas como uma parte resultante de um longo processo histórico que aponta,
em última instância, o papel nefasto da intervenção européia colonial e neocolonial.

domingo, setembro 02, 2007

Enturmação

A reorganização das turmas das escolas estaduais, proposta pela secretária da educação do Rio Grande do Sul, Mariza Abreu, é um fenômeno material social instantâneo, que tem, no seu conteúdo, um referencial teórico evidente: o neoliberalismo que ganha braços nas políticas públicas de estado. Quero dizer com isso que, se esse fenômeno não for analisado, compreendido e enfrentado urgentemente, as medidas entrarão em prática de modo ainda mais drástico.

A enturmação, como está sendo chamada a mudança que pretende fazer o governo, pode ser pensada por dois aspectos fundamentais. O pedagógico-filosófico e o político-social-econômico, estes todos relacionados. A argumentação do governo, ao justificar essa medida no campo pedagógico, é a de que a interação hoje representa o alicerce da aprendizagem, e que a relação aluno-aluno é mais relevante que qualquer outra. A interação aí vista claramente de modo quantitativo, e as relações como processo que abrange toda e qualquer atividade, pois com 40 alunos em aula é impossível a organização de um núcleo mínimo de atividades orientadas.

O segundo aspecto é mais abrangente, pode ser entendido como uma empreitada estatal de corte de custos e de enfraquecimento da formação e da consciência de classe, não só da categoria do magistério, mas também das camadas populares que freqüentam e precisam da escola pública. O neoliberalismo como ideologia hegemônica, tenta fazer com que medidas como essas apareçam como únicas alternativas para os problemas postos, ou como resoluções naturais para melhorias necessárias. Para que isso aconteça, são necessários mecanismos de legitimação dessa ideologia, como a invisibilidade que os meios de comunicação promovem sobre a questão e o escasso debate no interior das comunidades e nas escolas. A alegação de que irão diminuir os gastos do Estado acomoda e convence a opinião pública.

A determinação de reorganizar o quadro das turmas visa utilizar melhor os recursos públicos da União e do Estado para a manutenção das escolas. Também estabelece um novo padrão de gestão de recursos humanos, com vistas à melhoria dos desempenhos de aprendizagem nas escolas gaúchas. (http://www.estado.rs.gov.br/index.php).

Esse trecho está no site oficial do Governo do Estado e mostra como é precária a argumentação teórica que essas medidas carregam.

Além da distorção da realidade feita no âmbito superestrutural, existe, nesse caso de que estamos tratando, uma questão prática do cotidiano de trabalho, há um tipo de terrorismo de gestão. Em todos os cantos do RS, ocorrem movimentos de desestabilização de qualquer grupo escolar de vanguarda. Escolas em que seus professores e funcionários resistem em adotar medidas autoritariamente impostas, onde são organizados politicamente, têm uma consolidada articulação de formação e desenvolvem uma consciência de classe, estas sofrem intervenções diretas, com transferência de professores de escolas e de área, trocas de horários e professores/as contratados são lembrados quase que, pessoalmente, da sua condição de trabalho, entre outras ações e ameaças.

Esse é um dos meios usados, o que estamos discutindo nesse texto, mas a gestão pública do governo do estado promove, linearmente, a política neoliberal de estado mínimo e de sucateamento dos bens públicos em todas as esferas da estrutura estatal. Podemos citar, literalmente, onde isso está ocorrendo, para não parecer que estamos fazendo um discurso vazio: aproximadamente 10% dos servidores da área administrativa da Emater (226 trabalhadores) serão demitidos, confirmou o governo do estado. A Procergs está em processo de desmanche, equipamentos estão sendo desinstalados e o trabalho está cada vez mais escasso, com isso a iniciativa privada vai ocupando seu espaço. O governo está parcelando o salário do funcionalismo há meses. A UERGS deixou de fazer vestibular em várias unidades. Eis alguns exemplos do que vem ocorrendo no estado do Rio Grande do Sul!

Essas ações de gestão pública, sabemos que estão imersas em um estado burguês que se caracteriza pela luta de classes e pela orientação da lógica do capital, porém ao governar, pode-se, ainda que com muitas dificuldades, fazer-se uma opção. Ou se fortalece a hegemonia neoliberal de valores capitalistas e de livre mercado, ou se vai de encontro a essa orientação. Nosso país e estado são pratos fartos para iniciativa privada seguir seu caminho de lucros cada vez maiores, enquanto o trabalhador e a massa pobre brasileira enfrentam fortes ‘cortes de despesas’.

Gregório Grisa

Roma


Roma é um filme sensível e forte. Diálogos interessantes e inteligentes.
Vale a pena!

Ano de Lançamento: 2007
Direção: Adolfo Aristarain
Atores/Artistas: José Sacristan, Juan Diego Botto, Susú Pecorato
País/Ano de Produção: Espanha - 2006
Duração: 148 Minutos

sábado, setembro 01, 2007

Com totalite

Na brisa leva, pesa, reza.
Saliva, lisa...
Névoa cinza, dois lobos
Passos largos, socorro!
Tarda as salas, ateu
corredor, museu...
No chão, último sentido
grave, vagão
Som...

Lareira

Tenho duas versões,
uma que sente,
outra que pensa.
Tenho duas paixões,
teus recantos e
teus diálogos;
Tenho duas razões,
Jamais separar essas partes
e seguir vivendo delas.

(12/06/07)

De volta para o futuro!