Imagens de militares norte-americanos matando civis indefesos no Sul do Afeganistão evoca o temor de um novo Abu Ghraib
Militar sorri frente à sua vítima. Os próprios soldados registraram as cenas Crédito: Reprodução / www.rolingstone.com / cp |
Washington - Em fevereiro de 2009, o então recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou o envio de um reforço de 17 mil soldados para o Afeganistão. O novo contingente teve por base duas grandes formações: a 2 Brigada Expedicionária de Fuzileiros Navais, sediada em Camp Lejeune, Carolina do Norte, e a 5 Brigada Stryker da 2 Divisão de Infantaria, de Fort Lewis, Washington. Aproximadamente um ano depois, um grupo de soldados desta segunda formação viria a ser protagonista de um dos casos mais nefastos e brutais de violação dos direitos humanos ocorridos em quase dez anos de guerra no país asiático.
Ao longo dos primeiros cinco meses de 2010, um pelotão da 5 Brigada Stryker, que opera em Kandahar, no Sul afegão, teria assassinado, de forma aleatória e gratuita, civis afegãos desarmados. Além disso, o grupo é acusado de mutilar vários dos cadáveres em um remoto vilarejo da região, chamado de Mohammad Kalay. Não satisfeitos, os militares do denominado "Time da Morte" registraram a matança em dezenas de fotos, tendo chegado a postar algumas delas em sites de relacionamentos da Internet.
Segundo informação da revista norte-americana Rolling Stone, antes de os crimes de guerra tornarem-se públicos o Pentágono tomou medidas extraordinárias para suprimir as fotos da rede - desenvolvendo um enorme esforço para encontrar todos os arquivos e neutralizá-los antes que pudessem deflagrar um escândalo na escala que marcou os casos de tortura a prisioneiros iraquianos por soldados estadunidenses na prisão de Abu Ghraib, localizada em Bagdá.
Muitas destas imagens - cerca de 150 delas -, porém, foram obtidas e divulgadas pela Rolling Stone e pela revista alemã Der Spiegel. A publicação norte-americana chegou a disponibilizar as fotos em seu website, juntamente com uma reportagem especial sobre o assunto, datada de 27 de março e assinada pelo jornalista Mark Boal. Segundo a Rolling Stone, as imagens "retratam a cultura de uma linha de frente entre as tropas dos EUA em que a morte de civis inocentes é vista como motivo de comemoração".
Assim que a publicação alemã Der Spiegel chegou às bancas, no dia 21, a secretária de Estado Hillary Clinton teria telefonado ao governo afegão para falar sobre o caso. "A maioria das pessoas dentro da unidade não gostava do povo afegão", disse um dos soldados aos investigadores do Exército depois que os crimes vieram à tona. "Toda mundo diria que eles são selvagens."
obs: reportagem retirada do Correio do povo de 03/04/2011
Ao longo dos primeiros cinco meses de 2010, um pelotão da 5 Brigada Stryker, que opera em Kandahar, no Sul afegão, teria assassinado, de forma aleatória e gratuita, civis afegãos desarmados. Além disso, o grupo é acusado de mutilar vários dos cadáveres em um remoto vilarejo da região, chamado de Mohammad Kalay. Não satisfeitos, os militares do denominado "Time da Morte" registraram a matança em dezenas de fotos, tendo chegado a postar algumas delas em sites de relacionamentos da Internet.
Segundo informação da revista norte-americana Rolling Stone, antes de os crimes de guerra tornarem-se públicos o Pentágono tomou medidas extraordinárias para suprimir as fotos da rede - desenvolvendo um enorme esforço para encontrar todos os arquivos e neutralizá-los antes que pudessem deflagrar um escândalo na escala que marcou os casos de tortura a prisioneiros iraquianos por soldados estadunidenses na prisão de Abu Ghraib, localizada em Bagdá.
Muitas destas imagens - cerca de 150 delas -, porém, foram obtidas e divulgadas pela Rolling Stone e pela revista alemã Der Spiegel. A publicação norte-americana chegou a disponibilizar as fotos em seu website, juntamente com uma reportagem especial sobre o assunto, datada de 27 de março e assinada pelo jornalista Mark Boal. Segundo a Rolling Stone, as imagens "retratam a cultura de uma linha de frente entre as tropas dos EUA em que a morte de civis inocentes é vista como motivo de comemoração".
Assim que a publicação alemã Der Spiegel chegou às bancas, no dia 21, a secretária de Estado Hillary Clinton teria telefonado ao governo afegão para falar sobre o caso. "A maioria das pessoas dentro da unidade não gostava do povo afegão", disse um dos soldados aos investigadores do Exército depois que os crimes vieram à tona. "Toda mundo diria que eles são selvagens."
obs: reportagem retirada do Correio do povo de 03/04/2011
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