Em Alegrete não há representação política de esquerda. A composição da
câmara de vereadores se deu, em geral, do voto fruto do clientelismo e
do assistencialismo rústicos, além dos votos dos currais eleitorais da
administração e os votos da pseudoirreverência tradicionalista.
Em Porto Alegre se elegeram dois vereadores de esquerda, Pedro Ruas e a amiga Fernanda Melchionna
que receberam significativa votação e reconhecimento. Crescimento do
Psol no país é o único elemento positivo das eleições, momento esse que
considero apenas mais um no processo de luta social e que não muda
substancialmente a realidade (como muitos creem) haja vista, seus
resultados.
Os dois projetos
hegemônicos vencedores nas prefeituras estão no rumo do país, do
desenvolvimentismo, do crescimento econômico combinado a especulação
financeira, mas gozam de estruturas políticas e financeiras
privilegiadas. Esses fenômenos produzem uma anestesia e comoção na
população que, por conseguinte, transforma isso em voto.
Em
Alegrete não existia projeto a altura da gestão atual, só o de
retrocesso da direita oligárquica. Em Porto Alegre existia representação
de esquerda ainda sem alcance eleitoral e as outras candidaturas eram
da base do governo estadual e federal e pouco mudariam em relação a
gestão Fortunati que infelizmente se reelegeu, tendo em vista que reuni
todo conservadorismo e proselitismo da cidade em sua aliança.
As eleições de ontem confirmam, de modo categórico, que o processo
eleitoral no Brasil é um negócio econômico promíscuo, que cultiva
interesses pessoais imediatos, tanto dos candidatos quanto dos eleitores.
Esse processo decorre majoritariamente pautado pelas trocas de favores e
busca de cargos e não caminha na busca da melhoria da qualificação
política, teórica e ética das representações políticas. A "festa da
democracia" é a festa de poucos que compram e convencem a maioria que
esse é o único momento de participação política, e mais que isso, convencem que ser político é lembrar do aniversário das pessoas e arrumar
um favor pra família ou para o bairro.
Os dois projetos hegemônicos vencedores nas prefeituras estão no rumo do país, do desenvolvimentismo, do crescimento econômico combinado a especulação financeira, mas gozam de estruturas políticas e financeiras privilegiadas. Esses fenômenos produzem uma anestesia e comoção na população que, por conseguinte, transforma isso em voto.
Em Alegrete não existia projeto a altura da gestão atual, só o de retrocesso da direita oligárquica. Em Porto Alegre existia representação de esquerda ainda sem alcance eleitoral e as outras candidaturas eram da base do governo estadual e federal e pouco mudariam em relação a gestão Fortunati que infelizmente se reelegeu, tendo em vista que reuni todo conservadorismo e proselitismo da cidade em sua aliança.
As eleições de ontem confirmam, de modo categórico, que o processo eleitoral no Brasil é um negócio econômico promíscuo, que cultiva interesses pessoais imediatos, tanto dos candidatos quanto dos eleitores. Esse processo decorre majoritariamente pautado pelas trocas de favores e busca de cargos e não caminha na busca da melhoria da qualificação política, teórica e ética das representações políticas. A "festa da democracia" é a festa de poucos que compram e convencem a maioria que esse é o único momento de participação política, e mais que isso, convencem que ser político é lembrar do aniversário das pessoas e arrumar um favor pra família ou para o bairro.
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