Texto retirado da edição de 14/03/2011 do Correio do povo.
Gregório Grisa
Parece que o novo secretário de Educação, professor doutor José Clóvis de Azevedo, sabe que implantar políticas meritocráticas significa tratar dos efeitos dos problemas educacionais e não das causas. O poder Executivo deve ter como prioridades atacar problemas experimentados por quem vive o chão da escola. O Estado deve retomar uma política de concursos públicos e valorização da carreira do magistério. Hoje, a política de contratação do magistério tem priorizado o contrato ao concurso, isso promove um conjunto de problemas, desde a insegurança e a falta de compromisso do trabalhador, que vê seu emprego flexibilizado, até o fato dessa situação servir de mecanismo de controle político exercido por diretores e administradores públicos.
Em inúmeras bibliotecas de escolas estaduais não há bibliotecários, quem ocupa tal função são professores ou funcionários realocados para um serviço em que não são especializados nem preparados. Esse fenômeno é muito comum e prejudica, não só a qualidade do trabalho nas bibliotecas, como as relações profissionais dentro da escola, pois o redirecionamento de pessoal também é mecanismo punitivo, ou de garantia de privilégio, dependendo do caso. Essa realocação ocorre, também, no lecionar das disciplinas de Filosofia e Sociologia do ensino médio que, em muitos casos, são dadas por pedagogos ou assistentes sociais.
Esses são alguns tópicos para pensar medidas possíveis e acertadas. Sabemos que os maiores problemas são estruturais e que, sem base salarial justa, sem estrutura física de qualidade nas escolas, sem aperfeiçoamento da gestão democrática em todos os níveis, pouco vai se avançar. Ao invés de seguir "medindo" índices de aprendizagem e buscando estratagemas mil para interpretá-los, é necessário consolidar conquistas de carreira e avançar.
pedagogo, doutorando em Educação na Ufrgs
Parece que o novo secretário de Educação, professor doutor José Clóvis de Azevedo, sabe que implantar políticas meritocráticas significa tratar dos efeitos dos problemas educacionais e não das causas. O poder Executivo deve ter como prioridades atacar problemas experimentados por quem vive o chão da escola. O Estado deve retomar uma política de concursos públicos e valorização da carreira do magistério. Hoje, a política de contratação do magistério tem priorizado o contrato ao concurso, isso promove um conjunto de problemas, desde a insegurança e a falta de compromisso do trabalhador, que vê seu emprego flexibilizado, até o fato dessa situação servir de mecanismo de controle político exercido por diretores e administradores públicos.
Em inúmeras bibliotecas de escolas estaduais não há bibliotecários, quem ocupa tal função são professores ou funcionários realocados para um serviço em que não são especializados nem preparados. Esse fenômeno é muito comum e prejudica, não só a qualidade do trabalho nas bibliotecas, como as relações profissionais dentro da escola, pois o redirecionamento de pessoal também é mecanismo punitivo, ou de garantia de privilégio, dependendo do caso. Essa realocação ocorre, também, no lecionar das disciplinas de Filosofia e Sociologia do ensino médio que, em muitos casos, são dadas por pedagogos ou assistentes sociais.
Esses são alguns tópicos para pensar medidas possíveis e acertadas. Sabemos que os maiores problemas são estruturais e que, sem base salarial justa, sem estrutura física de qualidade nas escolas, sem aperfeiçoamento da gestão democrática em todos os níveis, pouco vai se avançar. Ao invés de seguir "medindo" índices de aprendizagem e buscando estratagemas mil para interpretá-los, é necessário consolidar conquistas de carreira e avançar.
pedagogo, doutorando em Educação na Ufrgs
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