terça-feira, outubro 24, 2006

Ele me vence ou eu o venci?



Eu e cinco professores, numa sala confortável e razoavelmente grande, começamos a reunião. Na minha cabeça, havia preparado algumas coisas pra dizer, mas também sabia que, no decorrer da conversa, conteúdos de qualidade brotariam. Das três janelas, uma estava aberta, mas não seria a falta de uma corrente de ar ou a direção da roda do chimarrão que atrapalhariam o desenvolvimento dos trabalhos. Eis que uma moça adentra a sala e coloca um cinzeiro na mesa, ao meu lado direito, onde estava sentada uma professora, que agradece a menina e comenta: ‘não agüentava mais’, rindo. E teorias de aprendizagem pra cá, interdisciplinaridades pra lá, e não é que a professora tem duas colegas com o mesmo vício. O ar começou a se tornar problema, a direção da roda do chimarrão seguiu a mesma, já o gosto e o cheiro dele não. O provável conteúdo colorido de qualidade ficou cinza, a cabeça antes articulada, descarrilou com a chaminé de fumaça. E o bem estar viajou junto. O Gregório não sabe lidar com as adversidades? Se isso for adversidade não, não sabe! E assim é pra mim, em qualquer lugar ou circunstância e com quem quer que seja. Eu não sei como que com 9 ou 10 anos eu mostrei ou expliquei isso para o meu pai, só sei que ele me ama e me entendeu. É uma escolha.

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