sábado, maio 09, 2009

Mariza Abreu é um sargentão stalinista

Por Cristóvão Feil


Secretária tucana só fala no imperativo.
As expressões usadas pela secretária de Educação do governo Yeda Crusius ao anunciar através de jornal – por si só, um ato autoritário – a decisão de agrupar as disciplinas curriculares da rede pública estadual em quatro áreas foram muito infelizes. Quem duvida, que leia os fac-símiles acima, retirados da matéria de Zero Hora da última terça-feira (5/5), que serviu de plataforma de lançamento do projeto à comunidade sul-rio-grandense. Quando a secretária Abreu afirma, categórica e imperativa, que “os cursos de licenciatura terão de se adaptar” está sendo autoritária para além da sua alçada e competência político-administrativa, está ditando um novo formato pedagógico às escolas de terceiro grau que ficam fora da rede pública estadual. A secretária se julga um Napoleão gordo, que pode tudo, bem além das suas fronteiras administrativas, pode tudo nas Universidades públicas e nas Universidades privadas. O mundo docente do Rio Grande do Sul está sendo convocado de forma unilateral e autoritária para mudar as suas práticas em apenas seis meses, porque alguém com alma de sargentão stalinista (fiel à formação política primitiva da secretária) quer e determina a seu bel prazer e gosto o que deve ser feito no Estado. O episódio encerra – certamente – o ato mais autoritário do governo Yeda Crusius nestes 29 meses de administração. A envergadura e o alcance de um bom projeto ficam subordinados ao capricho e à cupidez de dona Mariza e de dona Yeda. É de supor até que ambas queiram sabotar o agrupamento disciplinar, originalmente pensado e proposto pelo governo federal, além de erradicar direitos dos professores estaduais e sucatear ainda mais o ensino público. Enquanto a implantação do projeto exige método dialógico e concertação participativa, a secretária Mariza Abreu determina – de dedo em riste – ordem e obrigação, e ponto final.
Não vai dar certo.
Fonte: Diário Gauche

2 comentários:

Anna Luiza disse...

Qualquer declaração feita por ela, ou que mencione o nome dela, já é desanimadora por si só.

Governo com maior índice de desaprovação dá nisso.

Anônimo disse...

Pobre Stálin: difamado como nunca!