sábado, maio 01, 2010

Nossos tempos

Ontem fui na caminhada dos trabalhadores do Cpers, do Sindicato dos trabalhadores em Saúde de Poa e de outras organizações sociais. Saímos da frente do Instituto de Educação na Osvaldo Aranha e fomos ao centro, no Palácio, e depois até a Secretaria Municipal de Saúde. Os dois focos principais da passeata era denunciar o desmonte da escola pública estadual promovido pelo corrupto governo de Yeda e cobrar explicações decentes do desvio de verbas da saúde da gestão municipal, também corrupta, de Fogaça. Além, claro, de fazer menção ao dia do trabalhador. O interessante nessas manifestações é prestar atenção na reação das pessoas, são diversas, uns não entendem, outros acham uma vagabundagem e ficam bravos, outros apoiam e são compreensivos. Quando digo que é interessante não é uma coisa positiva, pelo contrário, é triste. Há uma doença social na consciência, ou falta dela, nas pessoas, um descaso sem propósito, uma alienação do cansaço, enfim uma anestesia no pensamento e na ação. É bem nesse sentido:"estesia" é sentir algo, perceber, sensibilidade, "an" é prefixo de negação, esse é o estado de coisas que existe no modo de vida que vivemos hoje. Estesia tem raiz comum com estética que designa a harmonia das belas coisas e a mídia, nossas formações e poderes têm nos negado e camuflado essa duas dimensões fundantes do ser humano; a estesia para ser sensível aos absurdos e injustiças do mundo e a estética para conhecermos e acessarmos melhores produções artísticas, políticas e culturais como um todo.

Um comentário:

jose grisa disse...

beleza de texto filho.