Há cortes nos recursos de áreas básicas e políticas sociais e se forram os bolsos de especuladores os pagando juros sobre juros. Na verdade não há cortes reais, mas se tira de um lado para garantir a remuneração do outro.
Ajustes fiscais de radical perfil neoliberal como esse não produziram resultado positivo na Argentina, no Chile e no Brasil na década de noventa, não deram certo na Espanha, em Portugal, Itália e, principalmente, na Grécia nos últimos dez anos. Em gestões estaduais, tal modelo de gerir o estado sangrou direitos e humilhou populações no governo Britto e Yeda no RS, quebrou o Parana em gestões do PSDB, afora os governos de norte e nordeste pautados no coronelismo liberal. Governo Sartori, em flagrante incapacidade de gestão e alheio a qualquer inovação possível, segui a mesma receita anti-popular.
O economês de Levy endossado pela grande imprensa representa a voz dos que realmente governam o país, os senhores do chamado mercado financeiro. Inflação alta e desemprego crescente são dados concretos, as medidas do ex-diretor do Bradesco não atacam esses problemas, pelo contrário, os tornaram mais agudos.
Passados alguns meses ou até anos, com a reorganização da economia impulsionada pela revisão do padrão de acumulação nacional e não pelo ajuste que ora vigora, os economistas da Globo News, colegas de Levy, irão dizer: "viram como o ajuste fiscal e o aumento de juros foi providencial".
A história de repete como farsa.
Gregório Grisa
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