segunda-feira, julho 12, 2010

Sobre a copa e a favorita

Pela primeira vez em qualquer tipo de jogo eu acertei, falo isso de peito inflado e de modo bem exibido. Falei ainda em 2009, quando a seleção espanhola de futebol estava em grande jornada invicta de vários jogos, sucesso que vinha ainda do título da Eurocopa e ótima campanha nas eliminatórias, que os espanhóis eram francos favoritos para a copa. Inclusive tiveram mais dificuldades do que eu imaginei, mas o futebol de alto nível está muito parelho, estudado, planejado haja vista, a final com a Holanda. Nesse POST de junho de 2009, eu já dava minha opinião sobre a Fúria e ela é a mesma ainda, com alguns acréscimos.
O fato da Espanha ser a mais nova campeã do mundo traz um conjunto de movimentos para pensar uma mudança de paradigma do futebol. Vocês sabiam que a Espanha tem o melhor time de futsal do mundo, o mais disciplinado, mais tático e mais eficiente. Nas últimas três decisões em copas do mundo com o Brasil venceu duas. O jeito de jogar da seleção de futebol de campo espanhola guarda muita semelhança com o tipo de jogo do futsal contemporâneo, toque forte rasteiro, movimentação constante e aproximada, passe selecionado com inteligência sem rifar a bola, passe curto, disciplina tática para voltar atrás da linha da bola quando está sem ela e variação de posição dos jogadores. Outro fator importante de destacar é que essa copa mostrou que é melhor ter vários "nânicos" que pensam do que gigantes sem cérebro; Iniesta, Xavi, Villa, Pedro, Xavi Alonso esses são os campeões, os craques. não vou entrar aqui em questões culturais e cognitivas que também fazem parte da formação de um time equilibrado. Isso serve pra mostrar que devem ter fim essas peneiras que muito vi, em que se quer somente jogadores fortes, altos e atléticos, com isso só não se vence. Nós aqui no sul penamos com isso nos profissionais ainda, "burucutus" bem preparados ao invés de jogadores mais sagazes e leves. Quem ganhou para o inter foi Iarlei, Sóbis... para o grêmio Paulo Nunes, Portalupe. Tem que pensar e executar independete do tamanho, e não ter tamanho pra tentar pensar e executar. A Espanha entendeu que no futebol de hoje, no alto rendimento físico não são individualidade com dribles (são impressindíveis, mas não sozinhos) que terão resultado, mas sim um coletivo inteligente e técnico. Parabéns Espanha é lindo vê-la jogar.

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