segunda-feira, abril 13, 2015

Ditadura comunista no Brasil e o senso do ridículo


Pense comigo:
Governo federal faz severo ajuste fiscal, se vale de fórmula clássica do neoliberalismo para atacar a crise;
Governo tem um representante "puro sangue" da Escola de Chicago (Wikipédia) e dos interesses dos bancos do ministério da fazenda;
Governo vem elevando a taxa SELIC que define os juros no país, com isso garantindo que bancos nacionais e internacionais e empresas quebrem record de lucros;
Portos e aeroportos são privatizados pelo governo, que tem como maior objetivo fazer superávit primário para pagar juros da dívida, que interessa a grandes corporações e investidores.
Congresso tende a aprovar lei das terceirizações generalizadas que só beneficia as classes patronais; empreiteiras financiam as grandes campanhas e lucram muito com contratos com o Estado.
Diante desse sintético cenário (outros vários exemplos poderiam ser dados) temos que presenciar pessoas se manifestando contra o comunismo do PT? É sério que existe algum ser tão incapaz de perceber a vida na sua volta? Se manifestar contra o comunismo do governo supera qualquer patamar de idiotice, atinge o grau máximo de indigência mental.
Nem o moralismo tacanho anti-esquerda é capaz de explicar tamanha imbecilidade.
Os pró intervenção militar que estavam na rua hoje (sei que não são todos) realmente acreditam que o PT quer impor uma ditadura comunista? Tal pensamento é tão desforme que é passível de exposição ao ridículo sim. Essas pessoas tem o direito de bradarem o que quiserem, mas correm o risco de ser motivo de deboche sim, porque representam um desserviço completo para o país, para seus próximos e para sim mesmas.
Os anos de governo do PT no Brasil foram os mais capitalistas da história, nunca tal modo de produção esteve tão pulsante como nesse período. Então se você é dos "anticomunistas" ou conhece alguém que seja, a dica é: te preserva.

Gregório Grisa

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